Olha aqui o disco! Ainda em minhas mãos, uma amiga
ficou admirada com a embalagem da bolacha, nem pensei, passei para as dela. Então
é isso, magnetismo é o que podemos chamar da estréia do quarteto paraibano
Hazamat, com seu digipack bacana de mesmo nome. Fica claro que isso tudo foi
bem pensado, bem feito, mas sem esnobismo ou coisa que o valha. Hazamt tem uma
história e nessa o som pesado é a sua quintessência. Tive o privilégio de
escutar as gravações antes de sua edição final, e com a oportunidade, já sabia
que seria o melhor disco rock lançado no estado em 2011.
Como disse, O Hazamat tem origem sonora no
metal, mas hoje é um amadurecido caldeirão sonoro, onde transitam entre o som
pesado, algumas peças de hardcore melódico e a pretendente faceta ao modern
rock. Esse complexo, para não soar estranho ou “fake”, teve uma produção
cuidadosa de Edy Gonzaga, que soube direcionar a multiplicidade da banda sem
perder a essência da coisa.
Deixa transparecer que os rapazes foram criados
escutando Tygers of Pan Tang, Bad Religion e Los Hermanos, sem a perigosa
paranóia de comparação e numa preguiçosa tentativa minha de resumo da obra.
Caso à parte, as letras mostram uma postura inteligente,
aliada a uma poesia quase exuberante e um certo discurso contestador escondido
nas entrelinhas, sem as macaquices e a típica banalidade rocker, tão comum nos
novos combos. Tem mais referências que você pode descobrir, aconselho a
ouvi-lo.
Bons músicos, boas músicas, excelente
trabalho!
Foto da banda por Anderson Silva.
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