Gostam de chamar de “tropical
punk”, seja lá o que isso significa, mas acho que os jovens escutaram bastante sons
tipo Mercenárias, The Smiths, Buzzcocks, The Feelies, Sarah Records e por ai
vai. Surgiram na capital norte-riograndense em 2016 quando lançaram um EP contendo
quatro faixas com a banda ainda engatinhando na produção e identidade musical.
Agora no começo de 2018 a
postura é madura e azeitada com uma produção bem trabalhada, mas mantendo o
mesmo punch pós-punk em seu primeiro disco cheio. Sua sonoridade é simples:
andamentos rápidos, letras cuspidas em refrões curtos, guitarras entrelaçadas
entre as dedilhadas e barulhentas. Destaque também para a vocalista Gabs,
letrista de todas as faixas e jovem poetisa com livro lançado, que ao seu modo
declama sua narrativa em forma modernosa e particular.
Valvulosa leva o nome do álbum
com 11 músicas, sendo três regravadas, de produção própria e boa mixagem feita
pelo guitarrista Marcus da Silva. O outro guitarrista é Rafael F, veterano e o
mais experiente da turma, completando o par de guitarras contrastantes que formam
as texturas da base melódica do grupo. O motor dessa combustão fica por conta
do baixista Francisco Henrique e da certeira baterista Carol, ambos sustentando
as levadas com simplicidade e precisão. Os destaques para as faixas “Ninguém
abraça Frida Kahlo”, “Vata-Pitta”, “Baile do fim do mundo” e “Sputinik666”.
Valvulosa
Esse grupo funciona! E tem
tudo pra crescer se permanecerem com a mesma formação e explorarem algumas
facetas popsters. Mas isso é com eles e da minha conta só escutar o play em
alto volume. Desde já um dos melhores discos do ano e altamente recomendável aos
apreciadores de bons sons.
Sim, acesse a página indicada
e baixe o álbum gratuitamente!
Foto: divulgação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário