Como diria os antigos, o tempo não
passa, quem passa somos nós. Depois de uma parada considerável em suas atividades,
o quarteto Dead Nomads retoma suas ações com modificações significantes em seu
line up e na sua sonoridade. A veterana banda, existente desde os anos 90, é
uma das mais queridas na cena rock local.
Sobre o longo período de inatividade,
o baixista Degner Queiroz explica: “Desde
o trabalho anterior, com o single “Siga Adiante” (2006) a banda diminuiu as
produções e os shows. Nesse momento estava envolvido em outros projetos, e a
banda se manteve com outra formação, foram anos bem difíceis, mas por questões
pessoais de cada um, e a labuta do dia a dia com outras profissões, a banda ficou
parada. E posso dizer que na região para viver de música é muito difícil. Ela
nunca considerou seu término, ainda assim, os caras conseguiram tocar nesse
período, sendo convidada a participar de Festival super importante como o
Ferrock em Brasília e também tocou no palco de um grande evento na Praia de
Tambaú”.
Alguns pontos mudaram nesse período,
o que contribuiu para o amadurecimento substancial em suas atitudes. Entre as
quais uma formação consistente, uma nova abordagem sonora com musicalidade mais
alternativa e a produção apurada e detalhada nas gravações do novo disco. É
como se fizessem uma eliminação de partes surradas para fazerem uma nova
roupagem, atualizada no discurso e punch musical.
“Acho que conseguimos de uma forma madura unir mais influências que
antes. Principalmente juntando tudo que ouvimos desde o período do inicio da
banda até hoje. Nós nos consideramos uma banda rock, e só. Estamos fazendo uma
música mais livre de rótulos e preconceitos, pensando que aquilo nos faça bem e
que possa transmitir isso aos outros também. E claro, isso reflete no que
gostamos de ouvir hoje, proporcionado em nosso som atual”, esclareceu Degner.
O disco tem uma produção bem feita, apresentando
uma banda diferente, com uma musicalidade vigorosa, riffs poderosos e batidas
mais cadenciadas. Além disso, fizeram uma arte de capa – autoria do artista
Igor Tadeu - e encarte primorosos. Evidente que tudo isso foi possível, nos suportes
técnico e financeiro, devido a produção ser aprovada em lei de incentivo
cultural estadual, conforme declara Degner: “Foi
de fundamental importância, até mesmo porque, a banda se sentiu revigorada e
instigada a produzir cada vez mais. Nada disso teria acontecido se não fosse a
Lei do Fundo de Incentivo Cultural Augusto dos Anjos da Secretaria de Cultura
Estadual. Conseqüentemente tivemos a possibilidade de profissionalizar mais do que
as produções anteriores da banda, que
foram totalmente independente. Reconhecemos aqueles que viveram junto conosco esse
trabalho, como o fotógrafo Rafael Passos, o produtor musical Pedro Paulo e o
cartunista Igor Tadeu, sem esquecer a figura de Vilana Xavier, uma parceira
maravilhosa, que vai dar um suporte audiovisual a banda. São pessoas que
contribuíram e continuam contribuindo bastante para o resultado do disco
"Killing Time" e da própria Dead Nomads como um todo”.
A Dead Nomads é uma banda com vinte
anos de existência que teve várias formações no seu line-up, mas sempre com boa
receptividade de público. “Reorganizamos
a formação da banda, agora contamos com o experiente baterista e produtor
musical Junior Punk, tem também a minha volta encarando velhos e novos
desafios. Reencontramos os amigos Rubem Cacho e Marcel Bruno que mantiveram a
chama da banda”, confirma o baixista.
Fotos: Rafael Passos.
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