4 de out. de 2017

DEAD NOMADS

"Matando o tempo"

Como diria os antigos, o tempo não passa, quem passa somos nós. Depois de uma parada considerável em suas atividades, o quarteto Dead Nomads retoma suas ações com modificações significantes em seu line up e na sua sonoridade. A veterana banda, existente desde os anos 90, é uma das mais queridas na cena rock local.



Sobre o longo período de inatividade, o baixista Degner Queiroz explica: “Desde o trabalho anterior, com o single “Siga Adiante” (2006) a banda diminuiu as produções e os shows. Nesse momento estava envolvido em outros projetos, e a banda se manteve com outra formação, foram anos bem difíceis, mas por questões pessoais de cada um, e a labuta do dia a dia com outras profissões, a banda ficou parada. E posso dizer que na região para viver de música é muito difícil. Ela nunca considerou seu término, ainda assim, os caras conseguiram tocar nesse período, sendo convidada a participar de Festival super importante como o Ferrock em Brasília e também tocou no palco de um grande evento na Praia de Tambaú”.


Alguns pontos mudaram nesse período, o que contribuiu para o amadurecimento substancial em suas atitudes. Entre as quais uma formação consistente, uma nova abordagem sonora com musicalidade mais alternativa e a produção apurada e detalhada nas gravações do novo disco. É como se fizessem uma eliminação de partes surradas para fazerem uma nova roupagem, atualizada no discurso e punch musical.

“Acho que conseguimos de uma forma madura unir mais influências que antes. Principalmente juntando tudo que ouvimos desde o período do inicio da banda até hoje. Nós nos consideramos uma banda rock, e só. Estamos fazendo uma música mais livre de rótulos e preconceitos, pensando que aquilo nos faça bem e que possa transmitir isso aos outros também. E claro, isso reflete no que gostamos de ouvir hoje, proporcionado em nosso som atual”, esclareceu Degner.


O disco tem uma produção bem feita, apresentando uma banda diferente, com uma musicalidade vigorosa, riffs poderosos e batidas mais cadenciadas. Além disso, fizeram uma arte de capa – autoria do artista Igor Tadeu - e encarte primorosos. Evidente que tudo isso foi possível, nos suportes técnico e financeiro, devido a produção ser aprovada em lei de incentivo cultural estadual, conforme declara Degner: “Foi de fundamental importância, até mesmo porque, a banda se sentiu revigorada e instigada a produzir cada vez mais. Nada disso teria acontecido se não fosse a Lei do Fundo de Incentivo Cultural Augusto dos Anjos da Secretaria de Cultura Estadual. Conseqüentemente tivemos a possibilidade de profissionalizar mais do que as produções anteriores  da banda, que foram totalmente independente. Reconhecemos aqueles que viveram junto conosco esse trabalho, como o fotógrafo Rafael Passos, o produtor musical Pedro Paulo e o cartunista Igor Tadeu, sem esquecer a figura de Vilana Xavier, uma parceira maravilhosa, que vai dar um suporte audiovisual a banda. São pessoas que contribuíram e continuam contribuindo bastante para o resultado do disco "Killing Time" e da própria Dead Nomads como um todo”.



A Dead Nomads é uma banda com vinte anos de existência que teve várias formações no seu line-up, mas sempre com boa receptividade de público. “Reorganizamos a formação da banda, agora contamos com o experiente baterista e produtor musical Junior Punk, tem também a minha volta encarando velhos e novos desafios. Reencontramos os amigos Rubem Cacho e Marcel Bruno que mantiveram a chama da banda”, confirma o baixista. 

Fotos: Rafael Passos.



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