18 de out. de 2017

THE HALAMAYS

O simpático duo indie pop The Halamays é formado pelo casal Katie e Patrick Watkins, é original da cidade de Columbus – Ohio, mas hoje residente em Chicago. Estão juntos desde os tempos em que eram jovens universitários. O relacionamento gerou uma produção sonora, inicialmente como uma sólida dupla folk até acertarem com o indie pop de forte acento eletrônico. Katie já tocou em outras bandas, fez turnês, mas a satisfação em tocar e compor só se realizava junto com o marido.

A banda segue o modelo tipicamente independente, em todos os processos - desde a produção lo-fi bedroom, nas gravações até a divulgação “faça você mesmo”. A dupla ainda assim destaca-se no enorme universo indie americano por uma sonoridade moderna, honesta e bem pop. Até o momento não produziram o primeiro disco cheio – lançaram em setembro passado o segundo EP com cinco faixas, intitulado “EP 2”.



Bastante solicita, conversamos com a Katie, em uma agradável entrevista que nos revelou sobre o duo e o que pensa a respeito de algumas temas relacionado à música. Confira conosco esse destaque com mais uma banda gringa. 

Desde quando a banda existe?
Nós tocamos e fazemos música juntos desde 2005, no entanto, The Halamays existe desde 2011.

Uma curiosidade: o que significa Halamays?
O nome dos Halamays é muito nostálgico para mim. Durante os meus dias no colégio, trabalhei numa incrivel lojinha de discos chamada Finders, na minha cidade universitária. Sempre sonhei em trabalhar em uma loja de discos e estar cercado por música e pessoas que amam a música. Fui contratada pelo proprietário Greg Halamay, que eu admirava muito. Quando era jovem nos anos 70, ele abriu a loja e ainda está lá até hoje! Então, quando Patrick e eu estávamos pensando em um nome para a banda, esse pareceu bem legal!

Como você descreveria o som da banda para aquelas pessoas que ainda não o escutaram?
O nosso som é abrangente. Sinto que somos um pouco sonhadores e às vezes peculiares. Fica difícil em classificar. Nós acabamos tocando com bandas indie pop na maioria das vezes, e  sinto como se nos encaixarmos nesse rótulo. Provavelmente, nos chamaríamos de "indie electro pop" se eu tivesse que colocar uma etiqueta. 

Quais são as influencias musicais da banda?
O Patrick tem o Radiohead, Real Estate e o Slowdive por suas guitarras sonhadoras. Jenny Lewis é a minha maior influência. Eu adoro suas composições - ela conta histórias incríveis em suas músicas. Eu também amo as composições de Sally Seltman (New Buffalo).

O que significa a música para você?
A música é uma maneira de nos expressar e escapar um pouco da realidade, tanto como ouvintes quanto como criadores. É a linguagem universal.

Você toca teclados e o Patrick nas guitarras. Como é o processo de composição?
Nós dois tocamos vários instrumentos, mas no palco toco teclado e Patrick fica na guitarra, no sampler e outro teclado (ele também toca bateria e eu toco guitarra). Nós casamos há onze anos e meio. Fazemos música juntos desde que começamos a namorar - mas, antes disso, fazíamos músicas sozinhos. Nosso processo de composição, pelo menos, no início geralmente é bem particular. Eu escrevo a maioria das músicas - e geralmente trago minhas idéias para Patrick, então ele refina a estrutura e produz a faixa. Ele definitivamente se torna mais colaborativo à medida que construímos a música.

Quando vocês lançam um disco cheio?
Não tenho certeza. Nós lançamos o nosso outro EP “This Boring Party” em abril de 2011 e logo depois fizemos um EP de três músicas para o selo February Records em 2013. Fizemos algumas em julho de 2012 e não conseguimos dedicar tanto tempo para música como gostaríamos. É muito coisa para fazer malabarismos como pais e trabalhar com a música. Estou muito orgulhosa de nós por produzir esse novo EP. Dito isto, espero que em breve!

Vocês pensam em fazer algum vídeo clipe?
Nós conversamos sobre isso! Tivemos um vídeo DIY para “This Boring Party” e foi tão divertido de fazer. Com os meses de inverno aproximado-se rapidamente, podemos trabalhar em outro vídeo. Que música você acha devemos fazer?

Como é ter uma banda num país onde existem muitas boas bandas independentes?
Há muitas bandas, e é difícil se destacar e ser notado. Eu acho que, como uma banda, é importante estabelecer expectativas quanto ao que você quer ser, bem como quanto tempo e esforço você está disposto a fazer (turnês, gravação, etc.). Somos pais, temos empregos e ainda estamos fazendo música o máximo que pudermos - e estamos felizes com isso. Eu acho que é muito difícil para bandas independentes que estão tentando "fazer" negócio na música. Você vive direto na estrada e o dinheiro é apertado.

O que você pensa sobre as mudanças no mercado da música após o surgimento da internet?
Agora as músicas quase parecem serem descartáveis - porque "the next big thing" está saindo literalmente no dia seguinte, ou eles podem apenas ser o "próximo hit" em uma lista de reprodução do Spotify. De certa forma o Spotify é o Tinder do mercado da música. É fantástico porque é uma maneira de expor sua música, mas as pessoas ficam tão saturadas de música que só as ouvem por 10 segundos e passam para a próxima. Tem que ser realmente algo especial para você querer ouvir direto, mais uma e outra vez.

Quais são os planos para o futuro?
Não temos metas planejadas para o futuro. Gostaríamos de voltar para Chicago e fazer um show, talvez faça alguns no Centro-Oeste, ou algo na primavera ou no verão. Veremos o que acontece. Eu acho que o principal objetivo nosso é continuar tocando música, mesmo quando está difícil. Mantendo uma agenda de shows. Continuando a compor. Fazemos música desde 2005, e não consigo imaginar nossas vidas sem ela. Eu me sinto muito privilegiada por ter Patrick na minha vida.



fotos divulgação.

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