28 de dez. de 2011

Hazamat


Olha aqui o disco! Ainda em minhas mãos, uma amiga ficou admirada com a embalagem da bolacha, nem pensei, passei para as dela. Então é isso, magnetismo é o que podemos chamar da estréia do quarteto paraibano Hazamat, com seu digipack bacana de mesmo nome. Fica claro que isso tudo foi bem pensado, bem feito, mas sem esnobismo ou coisa que o valha. Hazamt tem uma história e nessa o som pesado é a sua quintessência. Tive o privilégio de escutar as gravações antes de sua edição final, e com a oportunidade, já sabia que seria o melhor disco rock lançado no estado em 2011.
Como disse, O Hazamat tem origem sonora no metal, mas hoje é um amadurecido caldeirão sonoro, onde transitam entre o som pesado, algumas peças de hardcore melódico e a pretendente faceta ao modern rock. Esse complexo, para não soar estranho ou “fake”, teve uma produção cuidadosa de Edy Gonzaga, que soube direcionar a multiplicidade da banda sem perder a essência da coisa. 
Deixa transparecer que os rapazes foram criados escutando Tygers of Pan Tang, Bad Religion e Los Hermanos, sem a perigosa paranóia de comparação e numa preguiçosa tentativa minha de resumo da obra.
Caso à parte, as letras mostram uma postura inteligente, aliada a uma poesia quase exuberante e um certo discurso contestador escondido nas entrelinhas, sem as macaquices e a típica banalidade rocker, tão comum nos novos combos. Tem mais referências que você pode descobrir, aconselho a ouvi-lo.
Bons músicos, boas músicas, excelente trabalho!




Foto da banda por Anderson Silva.

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